Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Instituto de Filosofia e Ciências Sociais - IFCS
Coordenação Geral Katiúscia Ribeiro e Rafael Haddoc-Lobo
Laboratório Geru Maa de Africologia e Estudos Ameríndios
PROJETOS
PROJETO
Filosofias Ameríndias
Coordenadora Dra.Karine Narahara
A distinção natureza-cultura, paradigma fundante das ciências ocidentais, é apenas uma dentre as várias possibilidades não apenas de ver ou conhecer o mundo, mas acima de tudo de estar-no-mundo. Nas filosofias africana e ameríndias essa divisão perde sentido ou centralidade. Chamo atenção ao fato de que estamos nomeando esses sistemas de pensamento não enquanto cosmovisões ou cosmologias, mas enquanto filosofias. Isso implica colocá-las em pé de igualdade com a filosofia hegemônica – nomeada em geral como filosofia ocidental. E tida pelos seus representantes e estudiosos como A Filosofia – com F maiúsculo.
Por detrás desta Filosofia está a ideia de que ela é a única filosofia possível, sendo assim uma filosofia universal. E ligado a esta perspectiva universal, de uma única versão real da experiência e do conhecimento sobre o mundo, está o poder de definir o que é e o que não é filosofia – como afirma Mogobe Ramose. Ramose nos mostra ainda que a base dos questionamentos acerca da existência de uma filosofia africana ou de filosofias indígenas é justamente a própria dúvida sobre se negros e indígenas são ou não humanos. Assim, afirmar a existência de outras filosofias, não ocidentais, significa reafirmar a própria humanidade afro-indígena. Enquanto o maquinário racista e colonialista prossegue, ainda hoje, colocando nossa existência em questão. É neste contexto que ganha sentido a criação e a manutenção de um núcleo de Estudos Ameríndios junto aos estudos da chamada africologia.
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PROJETO
Estética e Filosofia da Arte Africana
Coordenadora doutoranda Naiara Paula
Esta pesquisa pretende pensar a Filosofia e a Arte Yorubá produzida a partir do conhecimento elaborado por filósofos Africanos do continente e da diáspora e pela sabedoria dos anciãos e artistas que produzem para os cultos aos ancestrais na Nigéria no Espetáculo Geledés. Pretende também investigar as manifestações da intelectualidade cultural yorubá a fim de investigar a raiz de sua filosofia e para enriquecer as buscas pela elucidação da filosofia estética yorubá. Tem como objetivo traduzir e comentar livros de Filosofia e arte tradicional Yorubá.
Leva-se em consideração aqui que a Filosofia Africana, em linhas gerais, é o conhecimento e o saber produzido por africanos dentro e fora do continente africano, cujo a sistemática apresenta estrutura que o liga a etimologia da palavra filosofia e a epistemologia milenar estruturante dos povos de África. Entende que essa filosofia é pluriversal, mesmo dentro do continente, e adere o entendimento sobre o caráter específico da filosofia a partir de seu contexto histórico intelectual-social-cultural. E que, para o estudo da Estética Africana, é importante levar em consideração a filosofia contida na mitologia e na tradição.
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PROJETO
Ontologia, Subjetividade e Ancestralidade
Coordenado pelo Dr. Medeiros Claudio
O intuito dessa linha de pesquisa é pensar os processos ontológicos e modos de subjetivação ocidentais sobre a população negra, desde os ascendentes vindo da África até os dias atuais, apontando como o processo de colonização e escravidão vão além das marcas físicas e geográficas, mas produziram e produzem formas específicas de subjetivação. Dissecar e analisar a construção da ontologia negra no ocidente, bem como a implantação da subjetividade sobre os corpos negros é essencial para se entender os aspectos sociais, culturais e psíquicos nos quais os negros vivem na atualidade. Entende-se que a ontologia e a subjetividade são produções essencialmente ocidentais que não exercem nenhuma força original sobre os negros, antes produz sobre eles identidades que não lhes são próprias. Com isso a linha de pesquisa procura entender a ancestralidade negra, para dela cunhar o conceito próprio de “Ancestralidade”, resgatando a dimensão na ontologia africana. Entende-se que os traços e a condição de “sujeito” dos negros estão particularmente ligados à compreensão e à relação dos mesmos com seus antepassados.
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PROJETO
Filosofia Política Africana
Coordenadora Dra. Aza Njeri
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PROJETO
Filosofia Contemporânea
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PROJETO
Filosofia da Ciência